Atendidos pelo Espaço Pipa conhecem exposição “Arte à Primeira Vista”, no Sesc

Sob orientação da arte-educadora e professora do Espaço Pipa Julia Corrêa Gianetti, três grupos de pessoas atendidas pelo Espaço Pipa, totalizando cerca de 30 pessoas, estiveram, entre os meses de setembro e outubro, no Sesc Piracicaba, para conhecer a exposição “Arte à Primeira Vista”. Com curadoria de Renata Sant´anna e Valquíria Prates e cenografia de Ricardo Amado, a mostra é uma difusão do conhecimento e das obras de seis renomados artistas: Geraldo de Barros, Leonilson, Frans Krajcberg, Mira Schendel, Regina Silveira e Lygia Clark.

“As visitas foram experiências muito enriquecedoras, já que a exposição tem uma proposta de introduzir a arte contemporânea às pessoas. Em uma das turmas, os atendidos foram acompanhados por suas famílias e a monitora perguntou quem já tinha visto uma mostra de artes. Muitos estavam ali pela primeira vez e os próprios pais de envolveram com a atividade”, afirma Julia.

“É muito positivo, já que a proposta é continuar, durante as aulas, esse envolvimento com os atendidos. Uma das artistas, Regina Silveira, trabalha com as sombras na exposição. E nas aulas, demos continuidade a isso e, por exemplo, eles passaram a reconhecer suas silhuetas e contornos. É um processo de aprendizado, muito rico”, completa a arte-educadora.

EXPOSIÇÃO –  Dividida por nichos, “Arte à Primeira Vista” mescla obras dos artistas e objetos por meio dos quais os visitantes são convidados a criarem suas próprias obras e também conhecer técnicas diferentes abordadas por cada um deles.

Por exemplo: no espaço do artista polonês Frans Krajcberg, folhas secas, galhos e pedras apresentam a técnica da frotagem, que consiste em colocar uma folha de papel sobre uma superfície com um relevo ou textura, e esfregar com um giz, para marcar sua forma.

Já no nicho da artista plástica Regina Silveira, novelos de lã possibilitam o desenho livre sobre um painel de acrílico, ressaltando que a artista desenvolve um trabalho com a dualidade do olhar e do local.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES – Durante o tempo expositivo, acontecem atividades complementares como discussões, oficinas e cursos de desenvolvimento artístico. Há ainda mediação de educadores, bem como material educativo para que os visitantes conheçam em detalhes as obras expostas e seus conceitos.

 

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